Com muita fé, vencemos a leucemia!!!

A história de uma vida que se mistura em duas – nem tudo são flores, mas tudo é amor e fé!

Quando Maria Eduarda (Duda) nasceu, Thasya tinha 27 anos. Aos cinco anos de idade “Duda”, foi diagnosticada com leucemia! “Quando o pai de Maria Eduarda recebeu a ligação do pediatra e em seguida me deu a notícia, perdi o fôlego, fiquei sem chão…”

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Passado o primeiro momento, não há muito a se fazer a não ser respirar fundo, seguir em frente e manter a fé! Nesse momento é preciso ter frieza e usar a razão para correr contra o tempo… Procurar o pediatra, onco-hematologista e infectologista. “A internação e o início do tratamento foi imediato!”

Se vitimar da vida não vai ajudar, nem resolver! Quando a médica perguntou se Thasya sabia rezar, pois não sabia se Duda ia acordar, foi o momento mais angustiante dessa família até os dias atuais. “E assim eu fiz, rezei com toda minha fé e no fim, agradeci a Deus pela oportunidade de mais um dia com a minha filha!”

Pode parecer clichê, mas a maior angustia de qualquer mãe é “não poder passar o sofrimento de um filho (a) pra si.”

O que dizer para uma mãe que recebe um diagnóstico desse?
Chore o que tiver que chorar. Não se entregue, nem demore muito nesse choro de desabafo, pois nessa hora cada minuto é precioso. Levante a cabeça e seja forte para dar força a quem mais vai precisar… Foque e prometa que no que depender de você à cura é certa. Siga em frente e TENHA FÉ!”

SINTOMAS
Os sintomas mais evidentes em Duda foram: dores nas pernas, placas/hematomas roxos nas extremidades, febre, dor de cabeça, dor na barriga e ínguas. “Duda tinha todos os sintomas, mas não apareciam todos de uma vez. Um dia uma dorzinha aqui, outro dia uma dorzinha ali, até que uma febre intensa e oscilante persistiu por 40 dias… Neste momento a situação se agravou e então Duda foi internada para investigar de maneira minuciosa e descobrir o que ela tinha. Foram muitos exames, inclusive mielograma, um tipo de exame para detectar a leucemia… Pasmem, deu negativo!”

Após pesquisar todos os vírus existentes e nada, a pequena Maria Eduarda, parecia saudável, mas os médicos sabiam que algo estava errado.
Firme como uma rocha, Maria Eduarda, aos 5 anos, era exemplo de força para sua mãe… O último “tiro de misericórdia” dos médicos foi “a biopsia óssea”…  O resultado? Medula inflamada e finalmente o diagnostico de leucemia. Uma mistura de sentimentos… Tristeza, dor, alívio e esperança! “Agora já sabíamos como tratar. Não é fácil descrever o que senti…”

TRATAMENTO
Realizado todo em Natal – RN, no início, um protocolo para uma leucemia linfóide aguda (LLA) simples. Exames que passaria ser rotina até que se descobriu que a leucemia dela era uma LLA, só que de alto risco! Por isso precisaria de mais medicações e de mais tempo de tratamento.

As quimioterapias eram feitas por blocos! “Uns eram pesadíssimos e outros mais leves (se é que existe, nesses casos). Os efeitos colaterais são horríveis!!!  Febre, vômitos, queda de cabelo, aftas, emagrecimento, mudança de humor, dentre muitos outros.”

Thasya tinha que ser forte por duas. Duda mostrou-se firme, com fibra de mulher, mesmo sendo uma criança de 5 anos!
As internações eram constantes, pois as sessões de quimioterapia provocam baixa nas defesas e consequentemente vulnerabilidade a infecções. Outra coisa que maltrata no tratamento são as punções lombares. Feitas a cada 15 dias, era o que indicava se o tratamento estava dando resultado, então extremamente necessárias!

Com o passar do tempo, chega a fase da manutenção do tratamento onde se fazia quimioterapia a cada 21 dias. Nessa fase o cabelo já não caia mais.
O tratamento durou 3 anos.
A família procurou uma segunda opinião em Londrina-PR, mas o diagnostico foi o mesmo: “de que Duda estava preparada para ter a primeira alta temporária.”

ALTA
Após três anos de tratamento veio a primeira alta, considerada “temporária”, por haver risco de recaída. “Nesse período, que durou 2 anos, vivemos um dia de cada vez, agradecendo a Deus e pedindo que ela não ficasse doente, pelo risco de recaída.”

A alta de cura veio após cinco anos sem medicação. “Passado os cinco anos veio à alta de cura, ai você sente uma emoção que não se explica, é uma felicidade que toma conta de você por inteiro, é quando você grita e agradece ao nosso Deus misericordioso, é onde você tem a certeza que o amor cura, que a FÉ remove montanhas, e agradece a oportunidade de continuar a viver e vê-la crescer…” 

FORÇA
Thasya comentou que sua força interna veio primeiramente de Deus e também de sua mãe, “que não está mais conosco, mas tenho certeza que sempre esteve ao meu lado, segurando minha mão”.

Amor e união. Família e amigos. Outras pessoas que se aproximaram e se solidarizaram formando uma corrente de amor e pensamentos positivos… “Quando estávamos só nós duas, uma segurava na mão da outra e a força era infinita, inexplicável…”

LIÇÃO QUE FICA
“Viver um dia de cada vez e saber enxergar e valorizar as pessoas boas que existem no mundo. Conhecer a solidariedade do próximo e saber que o amor verdadeiro constrói. Entender que o sofrimento amadurece, nos transforma e se soubermos aproveitar, poderá transformar o mal em bem!
Nunca desistir de lutar, de ter fé, de confiar e de acreditar que existe um Deus…!”

Agradecimentos: “A liga contra o câncer, lá se encontram os melhores profissionais principalmente na parte de pediatria. A Dra. Edvis Serafim, a minha família e todos que direta ou indiretamente nos deram força e nos ajudaram.”

Hoje Maria Eduarda é uma jovem cheia de vida, sonhos e histórias para contar!

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